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domingo, 9 de março de 2014

Meditar é preciso - Um dia no Retiro do Nobre Silêncio no Templo Zulai.

MEDITAR É PRECISO - Um dia no Nobre Silêncio ao encontro de mim mesma.

Uma manhã de sábado parti rumo ao Templo Zulai para um dia de Meditação Chan no Nobre Silêncio.
A Meditação Chan disciplina a mente e desenvolve potencialidades interiores para o autoconhecimento e proporciona maior equilíbrio psicofísico enquanto que o estudo dos ensinamentos do Buda abre nossa mente para três fatores imprescindíveis de felicidade: o desenvolvimento da moralidade, da concentração e da sabedoria.
Ao sair muito cedo de casa tive a chance de sentir o frescor da manhã, sem trânsito, sem loucura, sem pressa e conseguir observar atentamente o caminho percorrido.
Chegando lá estávamos todos usando a mesma camiseta do Retiro, calças confortáveis e senti que na vida somos mesmos todos irmão, todos iguais e únicos. Iguais na busca, na evolução e únicos em nosso próprio aprendizado e escolhas. Nesse dia éramos uma energia só, pois todos ali estavam na mesma busca: comunhão, fé, concentração, serenidade e paz.

Para começar o dia já ficamos todos em Nobre Silêncio, fizemos uma prática de Tai Chi Chuan para ativar a energia vital. Cada vez que meus braços subiam eu olhava para o céu e numa retidão agradecia, por lembrar que sempre precisamos olhar para o alto, onde está nosso Pai celestial.


Ao fazer os movimentos da prática Zen, manipulo o Chi (energia vital) que dá vigor, equilíbrio e leveza. Sentir o corpo acordar e o fluxo de energia movimentar são atividades primordiais para um dia integrado, corpo, mente e espírito. Senti meus pensamentos mais vívidos, meus sentidos aguçados e meu corpo desperto.
Pensei: Geralmente sinto um pouco disso com uma bela xícara de café pela manhã. Claro que só os olhos ficam mais abertos com o café, ali estava o meu corpo todo acordado para um novo dia.

O primeiro ensinamento: Tenho que cuidar e sentir cada pedaço do meu corpo físico!

Dali saímos em filha, mulheres de um lado e homens do outro, em direção ao templo do retiro.
No silêncio você não olha para as outras pessoas, somente para dentro de você e para a natureza. Você com você mesmo o tempo inteiro. Sou uma pessoa muito extrovertida e adoro interagir, por isso achei que ia cansar de mim. Me surpreendi em como sou minha melhor companhia. Somente eu sei o que mais gosto, o que busco, como estou e o que me faz bem.

O segundo ensinamento: Como eu me faço bem!

Sentamos todos no templo em posição de lótus e ouvimos a mestra orientar sobre a prática, sobre disciplina, respeito e sobre sermos responsáveis por dominar tudo em nossa vida, o corpo, as dores, o cansaço e os pensamentos.

O terceiro ensinamento: Somos capazes de desenvolver o autocontrole!

Nos primeiros minutos a intensidade dos pensamentos é maior e você vai treinando ser um observador deles, deixando eles virem e irem e você mantendo-se sempre no seu foco. Com lucidez (para isso é preciso espantar a vontade de desligar e se entregar ao relaxamento) e tranquilidade.

O quarto ensinamento: A força está em não querer controlar, mas deixar fluir!


Essa primeira meditação foi norteada pelo aprender a meditar na posição de lótus. A perna começou a doer, formigar, a coluna querendo arrear, o nariz insistindo e abaixar. Manter os olhos fechados foi delicioso e não tive necessidade de querer abrir. Isso levou longos 25 minutos. Longos porque em meditação o tempo é equivalente a uma eternidade ou atemporal. Se está indo bem, você nem acredita que ficou tanto tempo ali e se está com algum problema ou dificuldade ele parece não passar e você pode até ouvir tictactictac e rezando para acabar e ouvir novamente a voz suave da Monja (dizendo que acabou).
O quinto ensinamento: O tempo não existe!

Ao soar o doce sino tibetano por três vezes seguidas posso abrir meus olhos, movimentar minha perna que parece ter desencarnado do resto do corpo, tentar colocar o pé formigando no chão e uma sensação de como somos muito mais leves que o corpo físico e como ter consciência dos nossos corpos mais sutis integra nossa alma e aterra-a na matéria.
Aos poucos tudo vai acordando e a mente está mais desperta do que todo o resto.

O sexto ensinamento: Eu posso sentir todos os meus corpos integrados!

Então mais uma vez ouvir as sábias palavras da Monja, faz repensar como estou vivendo, se estou respeitando meu ser, se estou de acordo com minhas escolhas e se elas me fazem bem e felizes, tudo isso com um único propósito: Meu processo evolutivo nessa existência.
No caminho de meditação fica claro como me sinto responsável pela qualidade dos meus pensamentos e por todas as minhas escolhas
Olhar para dentro abriu um universo maravilhoso de auto aceitação, amor, comunhão com o universo e especialmente de fé. Deixar a vida fluir naturalmente e aceitar tudo aquilo que temos que viver, com mais resiliência, discernimento e conquistar um pouco da paz cada dia mais.
Definitivamente não dá para viver sem isso, que é meditar...
Os próximos passos serão incorporar isso no meu dia a dia e buscar viver mais serena e completa.
Por fim, o sétimo ensinamento:
Meditar é preciso!

Namastê.

Adriana 

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